quarta-feira, 31 de outubro de 2012

E porque hoje é o dia da poupança



Fui ao café beber uma meia de leite e comer uma bola de Berlim. Hum… soube-me pela vida. De vez em quando é bom fazer destas coisas só para contrariar a rotina. Ainda mais agora em tempos de contenção e principalmente hoje que é o dia da poupança. Há que poupar, mas também há que fazê-lo com moderação. Digo eu! 





terça-feira, 30 de outubro de 2012

A Joana pediu-me para pôr esta anedota






A mãe está preocupada com o filho que ainda não se tinha levantado para ir para a escola:

- Levanta-te e toma o pequeno almoço!

- NÃO! - responde o filho. - Eu não quero ir para a escola! Os meninos são maus para mim, os professores não gostam de mim e os almoços são uma porcaria! Porque é que sou obrigado a ir?

- Porque tens 48 anos e és o Presidente do Conselho Directivo!



segunda-feira, 29 de outubro de 2012

E quem é que limpa o cocó?!






A boa morte





Volta-se demasiado cansado depois de se ver quem vai morrer


Encontrei esta crónica de Gonçalo M. Tavares na Visão de 25 de Outubro e achei bastante interessante. Tocou-me profundamente e pensei em deixá-la aqui para quem cá vier dar uma espreitadela.

1 - O INCONSCIENTE

O medo da morte e o medo dos mortos. Os relatos sobre esse tremor diante do cadáver; esse não querer tocar.
Talvez uma herança inconsciente da peste negra. Aí, o morto matava: tocar na morte era correr um risco. O morto como foco de contaminação; a morte como algo contagioso. O morto mata; o morto - o que não tem arma, o que não se mexe - estranhamente torna-se algo perigoso. Hoje ainda, no século XXI, a lógica, a medicina e a racionalidade podem dizer-nos que não, que é absurdo, mas o inconsciente ali está: não toques no morto que morres, afasta-te! A Europa, hoje, parece ter no inconsciente a peste negra enquanto tenta pensar com a racionalidade do século XXI.

2 - O PROJETO E O LIVRO

Desde 2009 que o Serviço de Saúde da Fundação Calouste Gulbenkian criou um projecto de cuidados paliativos domiciliários numa povoação em Trás-os-Montes.
O belo livro - Agora e na hora da nossa morte (Tinta da China), de Susana Moreira Marques, com fotografia de André Cepeda - é um relato de um conjunto de viagens feitas pela autora a Trás-os-Montes para ouvir falar quem vai morrer. E para ouvir quem está ao lado de quem vai morrer. E para ouvir quem ficou ainda a falar, ao lado de quem já morreu.

3 - A VIAGEM

A autora percorria muitos quilómetros para ouvir, para estar próxima destes seres que entram num qualquer outro patamar: «Estrada, estrada, estrada, estrada...», eis o que murmura quem vai de Lisboa a Trás-os-Montes. Mas a verdade é que é sempre longo o caminho até alguém que está a morrer. Mesmo que fisicamente a distância não passe de alguns metros, aproximarmo-nos de quem está a morrer é percorrer um enorme itinerário. É fazer, de facto, uma viagem antiga - aquela viagem de iniciação essencial: quem a fazia nunca regressava igual.
Volta-se demasiado cansado depois de se ver quem vai morrer. Porque entre quem ainda não está nesse estado e quem está a morrer há uma distância enorme, uma distância psicológica que exige tanto ou mais esforço para ser percorrida do que a outra, a distância medida por quilómetros. Se vais ver quem vai morrer, prepara-te fisicamente. É muito longe, é muito duro.

4 - BOA MORTE - 

«Boa morte: 1. Morte tranquila, com o mínimo de dor. 2. Morte em que até ao último momento de vida se conserva a dignidade e a identidade. 3. Morte em que o moribundo tem os familiares junto dele.»

5 - O NOME

A sabedoria de algumas culturas que chamam aos seus filhos: Boa-Morte. Cruzarmo-nos com alguém com cinquenta anos que tem o nome de Boa Morte talvez não choque. Mas alguém com cinquenta anos antes foi uma criança e um recém-nascido. Pegarmos num bebé que se chama Boa-Morte - como tal fará confusão e se tornará conflituoso com a nossa cultura. Mas trata-se de um nome humano, muito humano, que olha de frente para aquilo diante do qual quase todos baixam os olhos, obrigando-se a uma cegueira voluntária. Eis, pois, uma sabedoria forte e tranquila ao mesmo tempo - o bebé Boa-Morte. Desejar a alguém uma boa morte é desejar-lhe uma boa vida. (Que tenhas uma boa morte, Que tenhas uma boa morte!).

6 - A SABEDORIA

Susana Moreira Marques visita um doente de longa data: «Lê-se por cima da porta por onde não sairá pelo seu pé:

Meu Deus
Dai-me a serenidade
para aceitar as coisas
que não posso mudar,

A coragem para mudar
aquilo que sou capaz,
E a sabedoria para ver
a diferença.»



domingo, 28 de outubro de 2012






"Às vezes ouço passar o vento;
e só de ouvir o vento passar,
vale a pena ter nascido.


Fernando Pessoa

sábado, 27 de outubro de 2012

Amêijoas com tordos e vinho do porto



Foto by Inês


Ingredientes:

- meia dúzia de tordos caçados dois ou três dias antes
- 1kg de amêijoas 
- Azeite e sal q.b.
- 4 dentes de alho esmagados
- 2 piripiris
- um pouco de vinho branco 
- 1 copo de vinho do porto

Preparação:

Temperar os tordos com sal e vinho branco. Levar o azeite ao lume com os alhos e o piripiri, juntar os tordos escorridos e deixar fritar durante 10 minutos. Juntar as amêijoas bem lavadas, deixar dois ou três minutos e acrescentar o vinho do porto. Deixar apurar durante cinco minutos e está pronto! Acompanhe com batatas fritas aos cubos ou pão torrado.


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Intuição





"O guerreiro da luz conhece a importância da intuição.

No meio da batalha, não tem tempo para pensar em golpes do inimigo - então usa o seu instinto, e obedece ao seu anjo.

Nos tempos de paz, decifra os sinais que Deus lhe envia.

As pessoas dizem: "está louco".

Ou então: "vive num mundo de fantasia".

Ou ainda: "como pode confiar em coisas que não têm lógica?".



Mas o guerreiro sabe que a intuição é o alfabeto de Deus, e continua a escutar o vento e a falar com as estrelas."


Paulo Coelho, in Manual do Guerreiro da Luz



quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Se Maomé não vai à montanha, vem a montanha até Maomé






Lembram-se de ler aqui no blog já há alguns meses de eu contar que me fui inscrever na Santa Casa da Misericórdia? Pois bem, não me chegaram a dar resposta se queriam ou não que eu cuidasse dos velhotes deles. E enquanto eu esperava (até há dias) entraram-me pela porta adentro e sem terem avisado estes três “paxás”!

A minha madrinha chegou primeiro, em meados de Outubro. Veio com a desculpa de ver se os ares saloios ajudavam a melhorar a sua saúde (tem 82 anos, lava a loiça do pequeno almoço e não me deixa parar a roupa muito tempo nos estendais!). A minha filha mais nova já perguntou com um ar intrigado – Então, mas ela paga para estar cá e ainda trabalha?

Os meus pais vieram duas semanas depois porque o meu pai está doente e precisa de cuidados continuados. Também já disse que pensava que ia melhorar quando chegasse mas que não vê melhoras nenhumas!

Esta noite estive com ele às quatro e meia da manhã para o levar à casa de banho, estive às nove e meia para lhe dar banho, fazer a barba e ajudar a minha mãe com o pequeno almoço, depois fui buscá-lo por volta do meio dia para vir para a sala e almoçarmos todos. Enquanto limpava a lareira para a acender a seguir, ele virou-se para mim e disse que ainda não me tinha visto hoje! Mas estava bem-disposto e riu-se quando lhe contei o que já tínhamos feito juntos esta manhã.

A minha mãe ajuda a tomar conta dele, diz que é um sossego para ela não ter que pensar em cozinhar, lavar, orientar tudo sozinha. Diz que se sente bem aqui. Também diz que o meu pai tem o mesmo feitio da mãe dele, que parece um “roncópote” (pessoa refilona).

Cá em casa adaptamo-nos bem à presença deles. Eu só tenho mais um bocadinho do meu tempo ocupado, por incrível que pareça deito-me cansada mas acordo bem-disposta e cheia de energia para mais um dia. Só  sinto um bocadinho falta dos meus momentos de leitura, mas qualquer dia chego lá.

Quando saio para o trabalho deixo tudo orientado e recomendo ao Santiago para que cuide bem dos três; ele fica a olhar para mim e abana as orelhas, depois vai-se deitar.

A Joana é que de vez em quando refila, diz que está um pouco farta, que isto mais parece um hotel e que já nem televisão pode ver (só temos uma cá em casa). Mas breve lhe passa e se entretem com o magalhães!



Santiago, o quarto paxá



domingo, 21 de outubro de 2012

Estou em paz comigo mesma






"A felicidade é só estar em paz consigo mesmo, olhar-mos para nós e recordar que não fizemos muito mal aos outros."

José Saramago

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Por causa de um rolo de papel higiénico!







Vou contar uma história que me contaram num dos dias em que fui visitar o meu pai ao hospital. Um Sr. que estava no mesmo quarto recebeu a visita de um homem todo bem-posto, cheguei a pensar que fosse o médico de família dele. Quando este foi embora o Sr. disse que era o padre da aldeia, que já o conhecia há muitos, muitos anos e que uma vez que não nos conhecíamos me ia contar uma história:


- O Sr. Padre é mesmo um homem interessante. Tem 70 anos e parece um cinquentão! (também achei!). Uma Sra. lá da aldeia que tem 77 anos e enviuvou há coisa de dois fez-lhe a corte e ele deixou-se ir. Encontravam-se aos fins-de-semana na cidade num apartamento que ela tem lá mas que alugou a um estudante. Como o estudante ia de fim-de-semana para casa dos pais ela, aproveitava e ia para lá com o Sr. Padre. Uma das vezes esqueceu-se do rolo de papel higiénico na casa de banho. Quando o estudante regressou de casa dos pais e lhe telefonou a dizer que tinha estado alguém no apartamento ela contou-lhe a verdade e disse ao Sr. Padre que o tinha feito. Ele cortou relações com ela e desde esse dia não se voltaram a encontrar apesar da insistência da Sra. para que fossem para um motel ou mesmo para casa dela. E ainda acredita vir a casar com ele!




segunda-feira, 15 de outubro de 2012

domingo, 14 de outubro de 2012

Grandes Esperanças





"Foi para mim um dia memorável, pois exerceu sobre mim grandes mudanças. Mas o mesmo sucede em qualquer vida. Imagine eliminar-lhe um determinado dia e pense no quão diferente o seu curso teria sido. Detenha-se, você que lê isto, e pense por um longo momento nas longas cadeias de ferro ou ouro, de espinhos ou flores, que jamais o teriam aprisionado, não fosse a formação do seu primeiro elo nesse dia memorável."

Charles Dickens, Grandes Esperanças


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Leve 3 e pague 4







Foi o que me aconteceu no intermarché da Malveira quando tentei aproveitar a promoção “leve 3 e pague 2”. Os chocolates culinários da Nestlé que são normalmente a 1£75 passaram a 3£50 cada um. Qual não foi o meu espanto ao ver que por 3 chocolates paguei 7£00 em vez de 3£50!
É mesmo preciso ter cuidado com estas promoções!



terça-feira, 9 de outubro de 2012

ADOREI!



A minha filha mais velha mandou-me este post.


Temos um cão cá em casa



Chegou hoje, tem dois meses e decidimos chamar-lhe Santiago. Como não se decidiam a por um nome, olhei para o frigorífico, vi o íman de Santiago, sugeri-o e foi aceite. Supostamente o cão é da Joana, mas apaixonamo-nos todos por ele desde o momento em que o vimos. E a Joana não disse para eu comprar um burro, só pediu mesmo um cão.

O meu pai está melhor. Ele também gosta de cães. Vem cá para casa com a minha mãe no próximo fim de semana. Ficámos à espera.










quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Vou até Martim logo à tarde








Mas não é para ir às vindimas, até porque já estão quase no fim. Houve alguns anos em que ainda fui e que isso me deu grande satisfação. Vou visitar o meu pai. Estou contente por poder ir.







quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Pensem, falem e ajam numa atitude de amor




Foi o que disse ontem o professor de yoga a meio da aula quando nos leu um excerto de um texto. E disse bem. O mais difícil é consegui-lo fazer quando vemos tão pouca boa vontade à nossa volta. Por muito que por vezes se queira ir por este caminho, sozinhos não conseguimos chegar lá, precisamos da ajuda dos outros que nos rodeiam para o conseguirmos. Lembrei-me de um pensamento que li há alguns dias atrás:

“Conheço bem os homens para ignorar que muitas vezes o ofendido perdoa, mas o ofensor não perdoa jamais.”

De qualquer das maneiras vou dar o melhor de mim e tentar sempre pensar, falar e agir numa atitude de amor, mesmo quando os ventos não forem favoráveis.



terça-feira, 2 de outubro de 2012

O que fazemos com o nosso tempo quando temos tempo?








"Se tu soubesses, quando deixamos de ter os nossos velhos, até que ponto lamentamos não lhe havermos dado mais do nosso tempo."

Alphonse Daudet


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Hoje sinto-me um bocado desassossegada







E todos nós temos dias assim, uns mais desassossegados do que outros! Normalmente tento não me preocupar muito quando me sinto assim, mas hoje, não sei… Estou ansiosa, sem paciência, raivosa. Tento animar-me, logo vou ao yoga, já desde o mês de Junho que não vou. Estou a precisar, faz-me falta. Vai ser bom, espero eu! Depois do jantar vou trabalhar, hoje faço noite, também não vai ser mau, acho eu! O meu pai está doente. Hoje foi internado no hospital de Vila Real, a minha mãe foi com ele. Foram só os dois, têm 76 anos e não sabem ler nem escrever. O meu pai quase não anda e a minha mãe já foi operada à anca e ao joelho. Ainda não tive noticias. Gostava muito de estar lá com eles. Estou aqui! Já limpei a casa toda, fiz mil e uma coisas; agora estou aqui sentada em frente ao computador, bem sentada até, mas o que eu mais queria era estar lá! Estive lá há, duas semanas atrás, também deu jeito, mas não estou lá hoje e queria muito estar.