terça-feira, 26 de março de 2013

Gostei


Barcelona, 1957. Daniel Sempere e o amigo Fermín, os heróis de A Sombra do Vento, regressam à aventura, para enfrentar o maior desafio das suas vidas. Quando tudo lhes começava a sorrir, uma inquietante personagem visita a livraria de Sempere e ameaça revelar um terrível segredo, enterrado há duas décadas na obscura memória da cidade. Ao conhecer a verdade, Daniel vai concluir que o seu destino o arrasta inexoravelmente a confrontar-se com a maior das sombras: a que está a crescer dentro de si.
Transbordante de intriga e de emoção, O Prisioneiro do Céu é um romance magistral, que o vai emocionar como da primeira vez, onde os fios de A Sombra do Vento e de O Jogo do Anjo convergem através do feitiço da literatura e nos conduzem ao enigma que se esconde no coração do Cemitério dos Livros Esquecidos.

"Naquele dia, ao ver o meu amigo a beijar a mulher que amava, dei por mim a pensar que aquele momento, aquele instante roubado ao tempo e a Deus, valia todos os dias de miséria que nos haviam levado até ali e outros tantos que nos esperavam ao sair de regresso à vida, e que tudo quanto era decente e puro neste mundo e tudo por que valia a pena continuar a respirar estava naqueles lábios, naquelas mãos, no olhar daqueles dois afortunados que, soube, ficariam juntos até ao fim das suas vidas."




quinta-feira, 21 de março de 2013

Dia da Poesia






Poema do Homem Só

Sós,
irremediavelmente sós,
como um astro perdido que arrefece.
Todos passam por nós
e ninguém nos conhece.

Os que passam e os que ficam.
Todos se desconhecem.
Os astros nada explicam:
Arrefecem

Nesta envolvente solidão compacta,
quer se grite ou não se grite,
nenhum dar-se de outro se refracta,
nehum ser nós se transmite.

Quem sente o meu sentimento
sou eu só, e mais ninguém.
Quem sofre o meu sofrimento
sou eu só, e mais ninguém.
Quem estremece este meu estremecimento
sou eu só, e mais ninguém.

Dão-se os lábios, dão-se os braços
dão-se os olhos, dão-se os dedos,
bocetas de mil segredos
dão-se em pasmados compassos;
dão-se as noites, e dão-se os dias,
dão-se aflitivas esmolas,
abrem-se e dão-se as corolas
breves das carnes macias;
dão-se os nervos, dá-se a vida,
dá-se o sangue gota a gota,
como uma braçada rota
dá-se tudo e nada fica.

Mas este íntimo secreto
que no silêncio concreto,
este oferecer-se de dentro
num esgotamento completo,
este ser-se sem disfarçe,
virgem de mal e de bem,
este dar-se, este entregar-se,
descobrir-se, e desflorar-se,
é nosso de mais ninguém.


terça-feira, 19 de março de 2013

Sétimo Dia



E pronto, o meu Pai foi-se embora, Partiu. Sinto e acredito pelo que vivi com ele neste últimos meses que se foi embora tranquilo e em paz. Espero e peço neste dia especial que é o dia do pai que lá onde quer que ele esteja se possa sentar aos domingos num sofá e que possa ler o jornal como ele sempre sonhou.

Eu por aqui penso muito e faz-me bem ler aqueles versos de Platão:

"Ninguém sabe se a morte que os homens, em seu medo, supõem ser o maior mal não é talvez o maior bem."


terça-feira, 12 de março de 2013

"Não temo o abismo da tua alma: Também sou feito de precipícios..."



Neste pequeno livro de poesia encontramos versos como estes, simples e cheios de magia. 

Quando convivemos com pessoas no dia a dia que até vêm de vez em quando a nossa casa e para quem nos esmeramos a cozinhar, ficamos agradavelmente surpreendidas quando nos deparamos com um livro escrito por elas nas nossas mãos!

Muitos parabéns ao escritor. ADOREI!

"Creio no Sonho,
No Segredo...
Fecho os olhos,
Adormeço
E não sinto medo."


domingo, 3 de março de 2013

Estava a ver que nunca mais chegava ao fim


Com deslumbrante estilo e impecável precisão narrativa, o autor de A Sombra do Vento transporta-nos de novo para a Barcelona do Cemitério dos Livros Esquecidos, para nos oferecer uma aventura de intriga, romance e tragédia, através de um labirinto de segredos onde o fascínio pelos livros, a paixão e a amizade se conjugam num relato magistral.

" - Não poderei escrever.
- Não poderá sequer pensar em escrever.
- Quanto tempo?
- Não sei. Nove ou dez meses. Talvez mais, talvez menos. Lamento muito, senhor Martín.
Assenti e pus-me de pé. Tremiam-me as mãos e faltava-me o ar.
- Senhor Martín, compreendo que precise de tempo para pensar em tudo o que lhe estou a dizer, mas é importante que tomemos medidas quanto antes.
- Não posso morrer já, doutor. Ainda não. Tenho coisas para fazer. Depois terei toda a vida para morrer."


sexta-feira, 1 de março de 2013

Parabéns aos meus pais que fazem hoje 44 anos de casados





Muitos beijinhos para eles e muitas coisas boas neste dia. Vou fazer todos os possíveis para que assim seja. Beijinhos também para uma das minhas afilhadas que faz hoje 6 anos.